terça-feira, 22 de março de 2011

Historias do bem (Base Fisica do antes ao depois) parte VI

Estrada que dava acesso ao antigo motor de luz.

Uma coisa que marcou a Base Física foi a energia a motor, em 1966 seu Ismar Cachina contratado pelo ministério da agricultura veio morar na Base Física, para tomar conta do gerador que ativava 15 bombas para irrigar toda plantação da comunidade, e a noite das 18 horas às 22 horas levava energia a todas as casas que pertenciam ao antigo fomento, indo até a escola de tratorista. Conta seu Ismar Cachina que foram anos de farturas e felicidades na comunidade, e também presenciou algumas historias engraçadas: Damião de seu Tomas era um negão parrudo e muito loroteiro, um dia ele chegou assustado e gritou para seu Manezinho:
-  Seu Manelzinho! Tem um Guaxinim enorme lá na baixa. Seu Manelzinho perguntou:
 - Você viu a cor do cabelo dele?
- Não seu Manelzinho! Eu só vi o rasto dele.
Outra vez ele disse que seu Ulises gostava muito de peixe, aí Damião disse:
       - Tem uma lagoa boa pra pescar. Seu Ulises respondeu:
       - Eu adoro peixe! Damião saiu pra pescar e quando voltou, seu Ulises gritou:
        - Me der uns peixinhos para almoçar! Damião disse:
       - Eu só não dou meu amigo por que eu não peguei nenhum, o que eu consegui pescar foi apenas uns punaréis. Quem não lembra das raposas de cangas que o finado Afonso dizia que Badé e João saíram correndo até em casa com medo delas, só que era umas cabras. E os peixinhos morrendo afogado? Lembram? Foram Historias engraçadas da nossa comunidade. Dizem que o finado Batista Siqueira tinha uma radióla e levava lá para o portão da Base Física, ligava a radióla e saía correndo de bicicleta até enfrente a casa de Dezinho, para escutar o som da radióla. Depois dessas historias engraçadas, vamos contar um pouco do antigo fomento em poesia.

Casa onde morou Raimundo Santana.

Do Ministério à Base Física

A Base física está triste/ E não consegue entender/ Vendo tudo desabando/ Quase prestes a morrer/ A escola agonizando/ Sem ninguém pra socorrer.

Aqui já foi ministério/ Uns chamavam de fomento/ Era muita a fartura/ Gerando belos momentos/ Quando era o fim do mês/ Todos tinha o pagamento.

Terra de agricultura/ E de belo algodoal/ A fazenda sempre foi/ Um paraíso sem igual/ Sem falar dos laranjais/ E dos belos Bananais.

Quando o DNOCS chegou/ Começou a decadência/ A nossa comunidade/ já entrava na falência/ Dirigentes prepotentes/ Sem nenhuma competência.

Muitos que aqui chegarão/ Vieram de “pé no chão”/ E saíram milionários/ E a comunidade ficavam/ Descalço e de pé no chão.

Veio a era da Cenec/ Ninguém pode esquecer/ Ajudou a uns alunos/ Na cultura e no saber/ Hoje são técnicos agrícolas/ E ganham pra sobreviver.
Editado em 2002.

No próximo e último episódio iremos fazer um relato da Base Física com a chegada do DNOCS até hoje.

Segue algumas fotos para você relembrar um pouco a nossa comunidade.

Esta quadra foi palco de momentos inesqueciveis da nossa comunidade: jogos, tertulias, festas, aqui ficou marcado um pouco da nossa historia.

Eu era vice diretor do Manuel Montenegro (Assú) e fui convidado a participar da festa de conclusão dos alunos da CENEC - Base Física.

Por fim, a casa do saudoso Tiãozinho, comprador de Manga da comunidade.

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