sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O bom médico não trata doenças, trata pessoas que as carregam!

De Hipócrates a hipócritas a diferença é muito mais que uma vogal...


Nesta minha saga da luta contra o câncer, as pessoas com quem mais tenho convivido são profissionais da saúde. Atendentes, técnicos, auxiliares, enfermeiros, psicólogas e... médicos!

É para eles, em especial o texto de hoje.

Tenho tido SORTE de ser atendida pelos melhores profissionais que já encontrei na vida! Doutores em suas áreas, a grande maioria, além de capazes, são gentis, atenciosos, humanos!
Mas, tem exceções...

Você, mortal leitor, quantas vezes já foi consultado por um “doutor” que não consegue disfarçar o ar de nojo, ao tocá-lo? 

Eu, já passei por isso! De banho tomado, roupa limpa, “cheirozinha”, me senti um lixo ao ser auscultada. Parecia que de coração, o médico só entendia via estetoscópio...
Foram poucos, graças a Deus!

A maioria dos meus anjos de branco, me abraçam, mostram carinho, afeto, alguns, sinto como filhos!

Sei que não deve ser fácil para conseguir um bom nível social, ter que cumprir jornadas de 24, 48, 72 horas. Ter 4, 5 empregos.

Infelizmente, médicos não são pagos com o valor realmente merecido!

Precisa RALAR muito para chegar ao nível dos “descansados economicamente”. Porém vale lembrar que a medicina, é antes de tudo: VOCAÇÃO, PREDESTINAÇÃO, DETERMINAÇÃO PARA SERVIR E SE DOAR!

Médicos são seres ungidos por Deus, que recebem o dom da sensibilidade de mergulhar e perceber, lá no fundo, a dor do outro. E aí, guiados pelo Ser Maior, minimizar e até curar a dor do outro!

Então, aos que se esqueceram do juramento de Hipócrates, o pai da medicina, que escreveu-o como compromisso, como código de conduta humanitária, que certamente vai muito além da ciência, vale dizer que fazer medicina sem alma, sem amor,por profissão, é no mínimo HIPÓCRITA!

O bom médico não trata doenças, trata pessoas que as carregam!

E aí, que tal voltar ao passado, quando “o doutor”, ainda menino, sonhava ser médico para salvar, para curar, para dirimir a dor do irmão? Quando o jaleco era um manto que diferenciava um SER COMUM de um SER DE LUZ?!


A saúde neste Brasil já é tão difícil, principalmente para os menos afortunados...


Tomara que os que lerem o que estou escrevendo, entendam o que pretendi dizer. Foi um desabafo sincero, sem mágoa ou rancor, só um pouquinho de decepção!


Aos que se acharam “ofendidos ou cutucados”, peço desculpas, mas peço também: pensem em minhas palavras. Vão ver que não estou de todo errada!

Até amanhã.

Um beijo,
Tania Pinheiro.

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