<<< Uma Trova Nacional >>>
De estrela toda bordada,
porta aberta para a rua,
a tapera abandonada
abriga os raios da lua!
–Sônia Sobreira/RJ–
porta aberta para a rua,
a tapera abandonada
abriga os raios da lua!
–Sônia Sobreira/RJ–
<<< Uma Trova Potiguar >>>
Revendo um porta-retrato
se percebe, a contragosto,
o grande estrago, o mau trato,
que o tempo nos faz no rosto.
–Ubiratan Queiroz/RN–
<<< Uma Trova Premiada >>>
2000 > Barra do Piraí/RJ
Tema > SERESTA > M/H
Vivendo sonhos diversos
de uma paixão infinita,
nossos beijos são os versos
da seresta mais bonita...–Maria Lua/RJ–
de uma paixão infinita,
nossos beijos são os versos
da seresta mais bonita...–Maria Lua/RJ–
<<< Uma Trova de Ademar >>>
O mar ouviu de tocaia
os sussurros ofegantes,
vindos à noite, da praia
nos gemidos dos amantes!
–Ademar Macedo/RN–
<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Os currais estão vazios...
o verde fugiu do chão...
e a seca, bebendo os rios,
vai devorando o sertão.
o verde fugiu do chão...
e a seca, bebendo os rios,
vai devorando o sertão.
–Joubert de Araujo/ES–
<<< Simplesmente Poesia >>>
FLOR DO CACTO.
–Suely Nobre Felipe/RN–
Boquinha da noite
Ribava Ontõe
Guiado pela lua cheia
Disbravano o miaral
Entrecortano a lavoura
Pipadinha de algodão
E ele pobre, sem tostão
Necessitava caçar seu pão.
Podia ser caça rasteira
Também ave de arribação
Pra aliviar a fome do pobre
Deus dava total proteção
Embrenhava-se no mato
Com sua espingarda de soca
Encangado com o cão cruento
Destemido chamado Plutão.
<<< Estrofe do Dia >>>
Ah, se eu pudesse embarcar,
neste barco eu também ia...
Fazer uma volta ao mundo,
distribuindo alegria;
ensinando ao mundo inteiro,
que a sina deste barqueiro
é fazer trova e poesia!
–Prof. Garcia/RN–
<<< Soneto do Dia >>>
CORSÁRIOS DE GABINETE
–Haroldo Lyra/CE–
A ganância, talvez, é o que conserva
A vileza nas mentes mais vulgares,
Quais praxes imorais dos lupanares,
Que alimentam os laivos da caterva.
Os ganhos impudentes dos jantares
Açulam o apetite do proterva,
Cuja gula esfaimada o probo enerva
Na inversão dos ufanos populares.
E agigantam-se as deformidades
No estranho festival de amenidades
Fiado nessa imagem impune e crua
Que reflete a pilhagem dos corsários,
Embuçada ao torpor dos mandatários,
Cancro espraiado sobre a honra nua.
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