
O atual salário mínimo nacional é de R$ 678, em vigor desde janeiro deste ano. No entanto, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), esse valor fica bem abaixo do ideal para cobrir as necessidades básicas dos brasileiros. O órgão estipula o valor de R$ 2.824,92 como o salário mínimo necessário para os trabalhadores
O valor foi calculado com base nos preços da cesta básica durante o mês de março. O número é superior ao apresentado no mês passado, quando o salário mínimo necessário era de R$ 2.743,69.
O economista e professor Leonildo Tchapas, do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), explica que o salário mínimo atual é insuficiente para atender as necessidades dos trabalhadores. No entanto, ele é coerente com a realidade econômica e estrutural do país.
"O salário mínimo deveria atender todas as necessidades listadas pela Constituição Federal. Todavia, a legislação esqueceu de dizer de onde deveriam tirar esse dinheiro para suprir as necessidades. O valor depende da produtividade do país. Acontece que o Brasil é um país que produz pouco. Por esse motivo, o salário mínimo é tão baixo", explica o economista.
"As empresas já reclamam do valor atual e algumas já ameaçam fechas as portas. Dessa forma, se o valor do salário mínimo fosse maior, quebraria o país como um todo", afirma.
Segundo Leonildo Tchapas, o que mais pesa para os trabalhadores é a alimentação. "Para grande parte dos trabalhadores, o item que mais pesa é a alimentação, principalmente para aqueles que recebem pouco. Para piorar, estamos passando por um momento de seca e os alimentos estão muito caros", destaca o economista.
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