Da Redação do Todos Pela Educação
Ao todo 22,1% das crianças e jovens de famílias brasileiras com condições socioeconômicas desfavoráveis conseguem ultrapassar barreiras e ter bom desempenho na escola. A conclusão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada na publicação "Pisa em Foco - 5", com base nos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).
Dois fatores que ajudam a vencer dificuldades, de acordo com a OCDE, são o maior tempo aprendendo em sala de aula e a autoconfiança dos estudantes. "Essas descobertas sugerem que as escolas podem ter um importante papel em estimular a perseverança dos estudantes", afirma o relatório. "As instituições de ensino poderiam oferecer mais oportunidades para que os estudantes de famílias mais pobres aprendam em sala de aula, a partir do desenvolvimento de atividades, práticas e métodos de ensinar que encorajem o aprendizado e promovam a motivação e a autoconfiança entre os estudantes de contextos menos favorecidos."
Outra medida que as escolas poderiam adotar, segundo a publicação, é verificar continuamente o aprendizado dos alunos de contextos mais desfavoráveis. "Focar esse monitoramento nos estudantes em desvantagem socioeconômica é crucial, pois eles são os alunos com menos chance de receber apoio em outros lugares, que não a escola".
Entre os países que fazem parte da OCDE, a média de alunos que ultrapassam os obstáculos é de 31%. Ou seja, em países como Portugal, Espanha, Itália, mais estudantes de famílias pobres conseguem ter alto desempenho acadêmico do que no Brasil.
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