sábado, 29 de dezembro de 2012

Nordeste é a região que mais cresce em números de universitários em dez anos

Em dez anos, subiu 5,8 pontos percentuais o número desses alunos na região. No Norte, o índice também cresceu

O Nordeste foi a região que mais cresceu em número de estudantes universitários nos últimos dez anos, cerca de 5,8 pontos percentuais. Hoje possui 23% do total de discentes de nível superior do País. A região Norte também ampliou o índice de universitários de 6% para 9,4%. As demais regiões sofreram retração: Sudeste de 48,1% para 43,4%; Sul de 19% para 15,7% e o Centro Oeste, de 9,7% para 8,5%.

Em 2002, 3,5 milhões de estudantes estavam na universidade. Hoje são 6,2 milhões, 77,1% a mais. A maioria deles tem a partir de 23 anos FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Dados constam no estudo divulgado pelo instituto de pesquisas Data Popular, especializado em abordagens sobre a Classe Média e o público emergente das classes mais baixas. O levantamento apresenta números relativos aos 6,2 milhões de universitários brasileiros.

Nos últimos dez anos houve uma ampliação da fatia de universitários matriculados em instituições de ensino particulares. Em 2002 as universidades públicas abrigavam 30,2% dos universitários do País e as instituições privadas, 69,8%. Atualmente 19,2% deles estão nas públicas e 80,8% nas particulares.

No ano de 2002 eram 3,5 milhões de estudantes. Hoje eles chegam a 6,2 milhões, um crescimento de 77,1%. O percentual de universitários considerados chefes de família também cresceu em dez anos e abrange hoje mais de um milhão de estudantes. Em 2002, eram 553 mil (15,8% do total) e hoje são 1,2 milhão (19,4%).

Trabalho

Eles movimentam, com seus salários, uma renda de R$ 84,7 milhões, 74% a mais que em 2002, quando o valor total chegava a R$ 48,7 bilhões. Mais da metade (55,9%) deles pretende abrir um negócio próprio.

De cada dez universitários brasileiros, pelo menos sete trabalham. No período de uma década, esse percentual teve um avanço. Saiu de 66% em 2002 para 70% no ano de 2012. A nova classe média brasileira é maioria nas universidades, públicas e privadas. A classe B aparece em seguida em número de estudantes. Hoje, a classe D já supera a classe A. Já a participação de universitários com idades a partir de 23 anos teve aumento: de 53,9% para 60,4%.

Para o sócio diretor do Data Popular, Renato Meirelles, ser universitário é ser vanguarda das mudanças socioeconômicas no País. "São brasileiros que ao melhorar de vida e aumentar sua renda passaram a investir em educação. Pais mais escolarizados, tem filhos mais escolarizados. Então nós vamos ter logo mais uma segunda geração formada na universidade que vai ser cada vez mais exigente com a qualidade de ensino", afirmou.

Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obs: Comentários preconceituosos, difamatórios e sem nenhuma relação com o post, não serão aceitos.