Vale apena ver e ler de novo: Não da pra esquecer, enchente de 1974.

 Lembro-me como se fosse hoje tinha 15 anos, os açudes todos cheios, os rios, era sábado de aleluia 13 de abril, pai de saído pra ir pra feira, e quando chegou perto da casa onde morou seu Chicó Fonseca de saudosa memória, voltava gritando,e quem não lembra dos gritos de Chico França, que eram ouvidos a mais de um quilometro, acordem!!!!, que as águas já estão chegando aqui, era 4 horas da manhã, muita gente ainda estava rompendo a aleluia. o município começava a ser alagado pela águas do rio piranhas, e logos os carros de Assu, começou a transportar o povo pra Assu pra pataxó,Acauã,Itajá e Arapuá. Saímos por volta das 10 horas da manhã pra casa da minha vó na 24 de Junho ande passamos 19 dias. Não faltava carro, os assuenses que possuíam caminhão foram solidário com todo povo de Ipanguaçu.

Quase todos esse momentos dessas fotos eu vi de perto, na Alagoinha, na rua do correio, na Aureliano Lopo, eu estava todos os dias mais meus primos olhando às águas e vendo eles pescarem e tomarem banho, como esquecer se vivi na pele esses momentos. 

A estrada que ligava Assu a Ipanguaçu de pissaro, apartou em vários lugares, foi um tempo de muita aflição e sofrimento, muitas pessoas foram transferida para os colégios em Assu, Lembrando que apesar da enchente, voltamos todos pra suas casas, e foi uma fartura de peixes e muita plantação, já que as terra ficaram todas alagadas. Momento que agente nunca esqueceu.

Imagem ilustrativa. mas esse carro era mesmo que tá vendo o de Olavo de Juca.

Alguns pais de família da base Fisica ficaram em cima do carro do saudoso Olavo de Juca(raposo macho),(INCLUSIVE MEU PAI).Lembramos helicópteros  sobrevoando todo vale do Assu, sempre ia visitar os conterrâneos no colégio JK, e via os Elis sentando, trazendo, ajuda, remédio, comida e  agasalhos.

Quando chegou o dia de voltar pra casa viemos até a Baviera quando vimos a canoa super cheia quase entrando água, o rio pela barreiras, meu pai não teve coragem de passar com agente, voltamos em uma Rural e fomos para a ponte que tava interditada e passamos em lancha, saindo perto da Adega da ponte quem não lembra. 

Depois pegamos um carro até e chegamos aonde a estrada estava torada e o resto viemos apé, 20 dia depois, trouxemos os cacarecos. e voltamos pouco a pouco a nossa vida normal.

Foto Cernado caldas

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